2.9.10

A outra





O filme se passa na Inglaterra do século XVI e conta a história das duas irmãs, Mary (Scarlett Johansson) e Anne Boleyn (Natalie Portman), que manipuladas pelos interesses da família passam a disputar pelo amor do Rei Henrique VIII (Eric Bana). A história das Bolena está diretamente ligada a história da Inglaterra, uma vez que para casar com Ana, o rei rompe com a Igreja Católia e criou uma nova Igreja que aceitasse o divórcio.

Esse rei teve ao todo seis esposas, mas parece que a única mulher que conquistou a sua admiração e respeito foi Mary Boleyn, a irmã de Anne,com quem nunca se casou. Generosa, humilde e ao mesmo tempo muito forte e com grande capacidade de perdoar, Mary criou a Elizabeth, após a morte da irmã (Ana é decaptada) que lhe "roubou" seu grande amor, Mary também teve um filho de Henrique VIII, mas por ser bastardo, nunca herdou o trono do pai.

No meio de toda essa confusão a mensagem que fica  é a de que, a prudência é sempre o melhor caminho em assuntos tão delicados, o orgulho de Ana foi a sua ruína, às vezes, saber a hora certa de perder é o melhor a se fazer.





Para saber mais sobre Mary(Maria) ,o livro " Irmã de Ana Bolena":



1.9.10

Poesia - tabagista - Jacques Prévert



São distintas fumaças, suas cores, cheiros e os arabescos que dela desprendem…




Minha fumaça, não a confundo com a dos outros cigarros.



O primeiro cigarro do dia, logo após o café, é uma oração.



Eleva-se no céu da manhã e se expande pelos meus alvéolos.



Jacques Prévert foi levado por um câncer no pulmão.
                                                              
                               CAFÉ DA MANHÃ




Pôs café

na xícara

Pôs leite

na xícara com café

Pôs açúcar

no café com leite

Com a colherzinha

mexeu

Bebeu o café com leite

E pôs a xícara no pires

Sem me falar

acendeu

um cigarro

Fez círculos

com a fumaça

Pôs as cinzas

no cinzeiro

Sem me falar

Sem me olhar

Levantou-se

Pôs

o chapéu na cabeça

Vestiu

a capa de chuva

porque chovia

E saiu

debaixo de chuva

Sem uma palavra

Sem me olhar

Quanto a mim pus

a cabeça entre as mãos

E chorei.


DÉJEUNER DU MATIN                                          



Il a mis le café

Dans la tasse

Il a mis le lait

Dans la tasse de café

Il a mis le sucre

Dans le café au lait

Avec le petit cuiller

Il a tourné

Il a bu le café au lait

Et il a resposé la tasse

Sans me parler

Il a alumé

Une cigarrette

Il a fait des ronds

Avec la fumée

Il a mis des cendres

Dans le cendrier

Sans me parler

Sans me regarder

Il s’est levé

Il a mis

Son chapeau sur la tête

Il a mis

Son manteau de pluie

Parce qu’il pleuvait

Il est parti

Sous la pluie

Sans une parole

Sans me regarder

E moi j’ai pris

Ma tête dans ma main

E j’ai pleuré.


O ritual da minha xícara

Coloco o chá
na minha xícara

Coloco mel
no meu chá

Coloco meu dedo
no mel e mexo

Coloco mais mel
no meu chá

Coloco, agora, uma colher
pequenina
na minha xícara de chá.

Mexo

Coloco mel
no meu dedo

Coloco meu dedo
em meus lábios.

Um momento, por favor!
Estou me adocicando...
No meu café da manhã!

Retrato nos tons claros e alegres
o meu cotidiano.
Com meios- tons o sabor e com alegria o meu amor!

O dia surge


A lua num gesto de orgulho

Reluta em ceder seu lugar ao sol.

Vem a brisa...
Abro a janela
Entre as cortinas o encanto

deste mistério.

Os raios do sol

chegavam trazidos pela brisa.

O dia amanhaceu.

Tiro o lençol...
 
Meus pensamentos correm os campos.
Tudo que quero é sentar-me
Tomar meu café
Continuar com meus pensamentos.