30.10.10

Entristeceu

Hoje, entristeceu
até choveu...
O dia estava bonito
céu azul

Agora, tudo está cinzento...

Sua falta de atitude
seu comportamento
me entristeceu....

Hoje, estou fora do meu eu...
Tudo entristeceu.

29.10.10



Ah,
as rosas... Como são lindas e perfumadas! Rosas... sempre rosas...

                                 


                        


                                         










                                                                                 

Trechos da obra " O incesto" de Mário de Sá - Carneiro

" Num último lampejo de razão, o artista decidiu salvar-se. Talvez ainda fosse tempo... A verdade simples, era esta: ele nunca tinha desejado a sua filha; quem ele desejava hoje era uma mulher que- por uma coincidência pouco vulgar, mas em todo o caso perfeitamente natural- reproduzia no seu rosto as feições da morta.Se, por uma prova bem palpável, conseguisse demonstrar isto a si mesmo, a obsessão terminaria."
- pág. 151- Ed. Lacerda

18.10.10

Morangos urbanos


Morangos Urbanos ao Vídeo clarice linden por claricelinden no Videolog.tv.



ímpar clarice linden

ímpar clarice linden por claricelinden no Videolog.tv.

Lua, a rainha

Oh, lua querida
me explica este teu sorriso!

Tu és a rainha da noite
coberta de ouro
Todos querem apreciar

O sol vem para lhe proteger,
minha querida.
Anéis, brincos, pulseiras,
colares e olhares...
Todos querem apreciar

Oh, Lua
e eu?
quero o beijo do universo.

o infinito

Quando o sol
beijou a lua,
o céu ficou cor de amora
e cobriu de estrelas
o infinito.

E nunca mais
este momento foi-se embora!

15.10.10

                                                                             ***
Ouvi, na madrugada ...
as cartas que nunca recebi.

Sentei no chão da sala
e fiz as pazes com as sombras.

Ainda que não diga nada
sublimo cada palavra.

Saio por ai...
com minhas lindas lantejoulas.





Um desejo de querer

 Meu corpo está em puro ardor
corpo este que sente o fervor.

Você é o meu momento
momento este, que me leva para a alegria.

Meu coração pula
pula por sentir tanta fantasia.

A tristeza chega
quando você vai embora.

Só me vem a lembrança
dos beijos gosto de amora.



















13.10.10

Um pouquinho de fantasia




Narciso, então, junto ao lago, sem comer nada e sem ao menos beber água, começou a definhar, até morrer. No lugar onde ficou seu corpo nasceu uma flor de nome narciso,às margens do lago. Quando o vento sopra, a flor se curva e parece ver seu reflexo nas águas.


                                       ***













9.10.10

De Aline, para...

Para Aline!   

Ela sabia que todo universo da fantasia
é infinito.
Preferiu voar para o seu mundo
cheio de magia...

Tinha mania
de passar batom, e perguntava para todos,
com aquele jeito meigo e engraçado ao mesmo tempo.

Sem mexer os lábios direito...
parecendo um robôzinho.
- Saiu o batom, mãe?
Despertava alegria!

Tinha seu nome: Aline
Mas queria ser chamada
de " Bailarina,Branca de Neve, Aline...
Castelos! Ah! os castelos!

Só assim, ela nos atendia!

O tempo passou...
as palavras viraram pequenos silêncios,
e de repente, lembrar que
amar não acaba nunca,
amar pode sempre.

E Aline continua por ai,
a sonhar com seu castelo infinito
cheio de fantasias e magias.

Ah! Também sonha com seu
pequeno poney cor-de-rosa...





                                                                               ***


7.10.10

Mais de Jovino Machado


a flora e a flor
se não mando a flor                                      mando a florase não mando a floramando o jardimse não mando o jardimnão mando o meu olharse não mando o meu olharnão mando o meu espantoe o meu espantoé a minha assinatura

***

Jovino Machado (Belo Horizonte/MG). Formado em letras (UFMG). Atua como restaurateur. Publicou 10 livros, entre eles Trint´anos Proustianos (Mazza Edições, 1995), Disco (Orobó Edições, 1998), Samba (Orobó Edições, 1999), Balacobaco (Orobó Edições, 2002) e Fratura Exposta (Anomelivros, 2005). Recentemente, 2009, também publicou a plaquete poética Meu Bar Meu Lar. Próximo lançamento: Cor de Cadáver (Anomelivros, 2009). Participações em Dimensão (Revista Internacional de Poesia, Uberaba, MG, 1998), A Poesia Mineira no Século XX (Imago, Rio de Janeiro, 1999), A Cigarra-Revista de Poesia (Santo André, SP, 2000), O Melhor da Poesia Brasileira – Minas Gerais (Joinville, SC, 2002), antologia poética O Achamento de Portugal (Fundação Camões, Lisboa, Portugal e Anomelivros, 2005), Suplemento Literário de Minas Gerais (2007) e Rascunho (2008). Menção honrosa na revista literária da UFMG (1991) e terceiro prêmio de Poesia Falada de Campos dos Goytacazes (RJ, 2002).

Prenez garde à l'amour


Por Jovino Machado

prenez garde à l`amour
o meu anjotorto e louco                                                                manca da asabom de bolaponta esquerdamora na esquina
o meu anjotoca banjonuma orquestra de frevobom de brigajoga no bichofaz serenata na lua
o meu anjobeija o bar na bocasem cadeira tem colointuição e sortebom de camaama egos e éguas
o meu anjoé arcaicofala aramaicobom de papoé modernonão quer ser moderno
o meu anjoé meninaesconde meus brincose me recita no ouvidoprenez garde à l`amourtome cuidado com o amor
e eu não tomei







                                                 * * *

6.10.10

Renda

Tirei este poema que admirei do blog:
http://batomepoesias.blogspot.com

Por

Rossana Masiero                                  




No prelúdio
dos detalhes
intui-se a renda
Ínfima minúcia
que encerra
pormenores
de delicadeza
Discreta
a beleza desconcerta
a compostura
E eu
tão epidérmica
Simplificadamente
explícita
Permito que todos
os meus mistérios
Escondam-se assim
bem a vista.



Dor de peito

Por Vanessa Campos Rocha

 
        A Ana Joana estava no banco da praça. Corajosa. Bem calma. Já teve época de duvidar disso, de ser firme. Mas hoje era que nem ponto final. Metido no lugar certo e na hora certa.
        
Estava perfumada, de saia cinza e meia calça preta. Sapatos azuis. Contente porque sabia combinar bem as cores para que elas não se esvaziassem de si mesmas. Adorava as cores e suas nuances. E suas misturas.
        
Estava implicando um pouco com a quantidade de cachorros na praça. Peludos, felpudos, dentuços, raivosos. E ficavam circulando e circulando com as pessoas chamando seus nomes. Por causa disso respirou fundo. E se ajeitou no banco. O ar que teimava em vir. O banco era duro. Mas tudo bem. Não se pode concordar com tudo no mundo. E também estava ali por outro motivo.
        
O doutor mandou ela se conhecer. Se questionar. Se organizar. Entendeu muito bem. E gostou muito do que havia por lá: as fotos, o tapete e os espelhinhos nos lugares certos. Tinha uma idéia de vida do além e uma da dor que batia no peito. Ele garantiu que se ela seguisse o recomendado ficaria ótima. Aceitou. Virou as costas com segurança, segurando a bolsa somente pela alça.
        
Por causa dos problemas da praça é que demorava um pouco para se aprofundar em si. O entrosamento, por exemplo, do fio elétrico e do maracujá. Não combinava. Um era vivo e verde, o outro era cinza. Ruim. A garça branca que vivia por lá era outra causa perdida. Todo mundo apontava, olha lá bem que linda. Que soberana. Ela achava meio desumano. Ela sozinha e branca, no meio de gente.
        
Olhou em volta de si. Esticou-se toda. Mexeu a cabeça para os lados ouvindo estalinhos. Pensou em deixar a praça em paz. É fácil deixar alguém de lado. Imagina-se um porta trancada, com a coisa que não se quer pensar dentro. Ficou quieta por dentro. Só borbulhando.
        
Ana Joana pensava sorrindo que estava se enganando. Não estava fazendo nada do que o doutor recomendou. Será que pensou em voz alta? Olhou em volta para que ninguém achasse que era ela louca. Mas não passava ninguém. Todos estavam andando. Ou correndo. Ah, e daí se falasse em voz alta? Continuou pensando. O doutor pode achar, mas não sou de ficar sentindo tristeza triste. Eu não. Quando fico triste é com bastante alegria.
        
O sorveteiro passou gritando nomes de picolés. Com uma voz bem gelada. Ela apertou a garganta com as mãos. Queria ter colocado o cachecol. E alguém lá gostaria de sorvete nesse frio? Pensou quando o moço passou perto dela. Ele abriu um pequenino sorriso de canto de boca. Ela não respondeu. Não se sabe porque.
        
Mas também se tiver alguém que queira não ligo. E achou uma graça danada de pensar assim. Colocou o peito para frente. Chacoalhou um pouco os ombros, para imitar o gesto da garça. Mas ela nem percebeu. Achou que procurava alguma coisa na bolsa. Mas lembrou-se que não era nada.
        
Ela estava doida de vontade de rir. Rir do que mesmo? Ah, mas já me lembrei do motivo. Foi o Pedro, que quando foi abrir o portão deixou cair as calças no chão. E depois ainda disse: é de pelado mesmo que eu sou feito.
        
Céu nublado. Ela jogou a cabeça para trás. Nuvem é pensamento. É sim porque se você entra dentro não tem nada. Já vida é que nem terra. Tem muita coisa por baixo. E amor? É como costurar. Você escolhe o pano de fundo e depois inventa em cima.
        
Difícil mesmo era se concentrar. Tanta coisa no mundo: coitada da garça. Fio de maracujá. Cachorro feio. Nuvem. Meia calça. Cores. Doutor. Dor no peito. Graça. Casamento. Chega! Vou embora.
        
Ana Joana se levantou do banco amarelado. Foi saindo da praça. Olhando nos olhos dos outros. E pensando que o recheio deles era de nuvem. Puxou um pouco a meia calça. Abriu um sorriso de ver o sapato azul. Despediu-se da garça. Se pudesse levava para casa. Dava um lar. Mas ela tinha dor no peito. Fazer o que?
        
É serio! O que se faz com a dor no peito? Pensou indo embora.


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                                                  * * *




Pequeno tempo

Por Vanessa Campos Rocha
  Contos do livro Pequeno Tempo                                              




       Capítulo 1: As cortinas


A luz que vinha de fora, podia agora entrar pela sala e iluminá-la do centro ao fundo. A mulher, serena e com um tom leve qualquer, quase num impulso, foi abrir as cortinas tão e tanto fechadas. A luz que entrou encostou-se nela, depois a atravessou e aninhou-se a ela como para esquentá-la.
        
Estou mesmo abrindo as cortinas, pensava a mulher saindo de uma timidez. Que pequeno quadrado enrolado em paredes, uma sala como um copo sem água. Como eu, essa sala era um jardim sem flor ou uma reza sem fim.
        
A mulher era tão séria em suas decisões que lhe doía em algum lugar. Mantinha-se tão reta, que às vezes sonhava que era curva, que era linha redonda. Que era barriga, que era círculo do começo ao fim.
        
- Que luz forte! Verdadeira demais. Dizia ela em voz alta.
        
- Já me disseram uma vez que eu falava exageradamente direta.
Eu concordei e lhe digo luz: é mais fácil ser aceita quando se é discreta.
        
A mulher agora tinha algo com a luz, que já deixava entrar. Não gostava mais de nada tão direto e verdadeiro. Então, deu um aviso a luz, mas sabe que afinal, cada um faz o que bem entende.
        
- Hoje estou feliz. Com uma vontade, uma cócega, quase me pondo a rir. Será prazer isso? E eu aqui achando que é felicidade? Ah, tanto faz, os dois moram bem perto e são marolinha boa.
        
Parou para sentir o que sentia. E sentiu tudo de uma vez. Depois foi deixando de sentir. Sentimento se despedindo devagar, pois tinha tanto para se fazer. Agora as cortinas estavam abertas.

 Capítulo 20: Reticências

 Ela queria sentir falta do que já teve e não tem mais. Mas não adiantava. Não sabia sentir-se assim. Só tinha falta do que não teve. Sentia falta da chuva de alecrim. E se chovesse, diria assim: “essa chuva é dentro de mim”. Que tímida que era, recolhida em si, não gostava de pensar desse jeito.
        
Sentia saudade dela mesma, que poderia estar esticada em algum varal ao sol. E ainda ia pensando: vou marcar uma hora comigo, e ouvir o que tenho para dizer de novidade ou de novo ouvir minhas histórias antigas. Vou começar agora a fazer tudo que me falta, para parar de ter saudade. E aí começo a ter saudade de sentir falta e sinto a falta da saudade.
        
Que falta fazia um lugar distante, feito de opostos, diferenças que não se chocam. E pensava que falta, é buraco que não há. Que era tolice tão doce, que dava dó.
        
E aí, ajeitava os cabelos diante do espelho, para parar de pensar bobagens como essas, soltava um gemido risonho, espreguiçava-se nessa historinha inventada. Tinha vida mundo afora.


Capítulo 22: O entendimento

        Silêncio. Era o que vivia a mulher, neste instante. Silêncio de batidas no peito, de desejos sem medidas. É que ela sentia que tinha tanto, com ele ao seu lado.
        
Sentia que a vida era, que a sede fora acalmada e que a alegria tinha se espalhado por todo o canto de si.
        
Silêncio não era solidão, era só um vazio bem cheio de ser. Era o corpo chegando aonde se deseja, enfim, no zero.
        
Depois vinha o ar, enchendo e esvaziando, para que a vida continue, mesmo sem precisar. Sabia que ainda tinha histórias e sentia cada pedaço seu vibrar: não é que tinha entendido o amor!
        
Mesmo com todas as ruas que se perdiam, os túneis que a deixavam sem visão, os buracos na estrada, as espadózias, os ipês, as cantigas, os porquês.
        
O amor era e sempre será.

Trechos retirados do site: www.cronopios.com.br 




O silêncio das árvores





Por Lucius de Mello


E o eterno Deus fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comer, e a árvore da vida estava no meio do jardim...” (Gênesis - 2:9). 



As pessoas são aquilo que elas amam, afirma o educador Rubem Alves numa das suas saborosas crônicas que tenho o prazer de degustar com mel, frutas e pão quentinho durante o meu café da manhã. Assim como alimento meu corpo com o cardápio matinal também nunca esqueço de alimentar minha alma com as palavras dos escritores e poetas. “Muitas pessoas levam cães para passear; eu levo meus olhos para passear. E como eles gostam. Encantam-se com tudo!”, afirma o cronista. O mundo é para ser visto e não para pensarmos nele. Os olhos são a porta pela qual a beleza entra na alma. Meus olhos se espantam com tudo que veem. Vejo e quero que os outros vejam comigo. Por isso escrevo. Faço fotografias com palavras. Minhas crônicas são fotografias. Escrevo para fazer ver, explica Rubem Alves. Por que não ouvir com os olhos o silêncio das árvores que vivem entre nós?
Foi com essa intenção que um cronista de Bariri, carinhosamente chamado pelos amigos de Cavinha, escreveu o texto A Última Florada. Nele as palavras tornam-se imagens na hora que começamos a ler. “Este ano o ipê roxo da praça não floriu... Deixou-nos frustrados!”, escreve Cavinha. Ele relata que ao passar pelo jardim parou próximo do tronco do ipê e ficou observando seus galhos secos e sem folhas. Que esses galhos lembravam mãos esqueléticas apontando seus dedos para o céu, quem sabe dirigindo ao Criador uma oração ou súplicas. E o cronista poeta pergunta: O que aquela árvore poderia estar dizendo, pedindo ou reclamando? Estaria ela somente sofrendo as agruras deste tempo seco? 
O escritor recorre à própria memória para relembrar o dia em que o ipê roxo da praça de Bariri foi plantado. Escreve que a árvore cresceu saudável, presenteou Bariri com lindas floradas, aconchegou em seus galhos infinitos ninhos de passarinhos, “oferecendo-lhes também um lugar seguro para interpretar seus cantos, como se fosse um palco”. Cavinha, então, conta como era o dia-a-dia do velho ipê roxo que se tornou um dos símbolos mais preciosos da cidade até chegar ao ano de 2010. O ano que ele não floriu. Estaria doente?, pergunta o cronista. 


“Se pudéssemos perguntar o porquê de sua tristeza, a resposta poderia ser:
- Estou com sede...
- Ninguém mais cuida da praça... O jardim está esquecido...


“Tomara que o ipê roxo da praça esteja somente esperando a chuva para brotar novamente. 


Tomara que a florada do ano passado não tenha sido a última”, finaliza o cronista de Bariri. 
As palavras dele denunciam um problema sério. Com o crescimento das nossas cidades estamos esquecendo do valor que uma árvore tem. Ela é viva como um pássaro, um cão, um homem. 
Mutilar ou derrubar uma árvore é cometer um crime, um atentado contra a vida criada por Deus. 


Vamos levar nossos olhos para passear como sugeriu Rubem Alves. Temos tanto para ver e não calar.

                                                                ***

Este autor retrata o que devemos fazer nesta correria de nossa vida."O mundo é para ser visto e não para pensarmos nele". Aqui, me fez lembrar de um heterônimo de Fernando Pessoa, o nosso grandioso Alberto Caeiro, pois ele é um sensacionista. O poeta das sensações! Uma flor é simplesmente uma flor, é aquilo que estou vendo. Devemos sentir, e não ficar pensando no que estou sentindo!
Aline Amora

Imagens belas, instigantes, doces, etc. imagens da vida!

                                                                         ...


                                                                          =)


                                                                         Eu quero!

                                                                                 ...

                                                                                Adoro!


Coroas ... Ah como são lindas

Não me perguntem o porque, pois ainda não achei a resposta...
Mas ando completamente fascinada, apaixonada por coroas! Tenho aqui em meu blog... Tenho um colar prata e estou providenciando um outro colar com uma coroa diferente do pingente que já tenho, e quero esta dourada! Fiz até meu noivo comprar uma pólo da Sérgio K. somente porque tinha bordado discretamente, mas muito linda em dourada uma coroa! =)
olhem estas imagens!!! Que lindas não?! =)







Ai...ai! eu quero a minha!!!!
*